Latifúndios, monoculturas, monopólios, concentrações. Isso cheira a exclusão e controle. É assim que, segundo o documentário a seguir, em pouco tempo todo o alimento produzido no mundo poderá estar nas mãos de apenas seis companhias.
Isso é mais que alarmente, é perigoso, é medonho. E pode acontecer facilmente, pois o que grandes empresas do segmento tem feito é patentear sementes, modificá-las geneticamente para que atendam a seus interesses. Podem, por exemplo, produzir sementes estéreis, de modo que o agricultor precise sempre comprá-las e não possa produzi-las a partir do próprio alimento colhido. Podem, portanto, criar uma cadeia de dependência. Ou podem, como mostra o documentário a seguir, processar o agricultor se ele utilizar uma semente que a empresa alegue ser de sua propriedade.
Sabemos por intuição que a biodiversidade é o caminho. Como não nos espantar quando vemos "monopólios" florescerem no mais importante patrimônio da humanidade? O alimento.
O documentário explica coisas que costumam ser difíceis para entendermos. Por exemplo, o que são e como são produzidos mias detalhadamente os transgênicos. Você sabia que, para que as células incorporem o material genético que se quer implantar nelas, os cientistas se utilizam de vírus e bactérias? Os vírus conseguem invadir uma célula; é assim que se quebram e manipulam as cadeias de DNA para produzir os transgênicos.
Eu achei o filme emocionante em diversos aspectos e, em algumas partes, é também triste. São algumas duras realidades que temos de enxergar.
Recomendo assistirem. Ele está dividido em 9 partes, mas não é necessário clicar em nada na transição entre uma parte e outra. É só esperar um pouquinho que a outra parte começa.
Bom filme!
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