Sobre o cocô: coisa que não se devia reprimir




Toda a verdade passa por três fases.

Primeiro, é ridicularizada.
Depois, violentamente negada.
Por fim, aceita como evidência.
Arthur Schopenhauer,
em excerto retirado da página de Mônica Lacombe



Que o intestino é um cérebro, já se sabia. O intestino tem neurônios que se conectam ao Sistema Nervoso Central e que podem funcionar autonomamente. O que ficou claro agora, depois da leitura de excelente artigo de Monica Lacombe, é a relação do intestino mal alimentado com estados de depressão e baixa estima.

Os estudos chegam a falar que 90% da serotonina que circula em nosso corpo é produzida pelos intestinos.
Serotonina? Um neurotransmissor extremamente importante relacionado à sensação de bem-estar e à alegria. É também a serotonina uma responsável por controlar os movimentos peristálticos, garantindo a expulsão das fezes.

Numa sociedade que cultua a assepsia e vê o cocô como algo sujo que se deve eliminar, fica difícil reservar um tempo na correria do dia para se dedicar ao cagar. Na psicanálise, os significados ocultos da retenção do cocô aparecem em indivíduos que não conseguem se expressar. São pessoas enfezadas. Fala-se até de uma certa relação entre o cocô e a avareza. Outra questão é a irresponsabilidade da humanidade com seus excrementos: gasta-se água para fazê-los sumir; causa-se poluição nos rios e mares. E ele, o cocô, é simplesmente matéria orgânica, facilmente transformada em adubo, se houver o correto manejo que mata a possibilidade de microorganismos causadores de doenças.

O papel da alimentação
Uma alimentação cheia de açúcares (pão, macarrão e farinha branca são açúcares também) e pobre em fibras inibe o funcionamento do intestino. O alimento fica parado lá mais do que deveria, fermentando e putrefazendo.

Quem prefere comer chocolate (que tem serotonina) do que estimular a produção desse neurotransmissor dentro do próprio intestino vai se viciando. Por isso é que o açúcar é um vício. O corpo desaprende a produzir o que precisa para estar bem. O corpo perde sua autonomia.

Segundo o Dr. Aureo Augusto, os gregos, que tinham alimentação mais frugal e crua, chegavam a evacuar 3 vezes ao dia. Na nossa sociedade, acredita-se que o normal é muito menos. Há dados que chegam a falar de 40% da população sofrendo de gases e prisão de ventre. A tríade pão, macarrão e arroz branco, alimentação completamente desprovida de fibra, é recorrente à mesa do brasileiro. Acrescentam-se carne, laticínios e alimentos excessivamente cozidos e o que fica é um intestino retendo por muito tempo algo que deveria passar por ele rapidamente. O coitado fica irritado, alterna momentos de prisão de ventre com diarréia. Quem bebe álcool então, com certeza já sofreu disso. A diarréia? Acaba com a vida do intestino: causa desidratação e perda de sais minerais. Sem os sais, os fluidos extra-celulares de nosso corpo vão ficando ácidos.

A acidificação é uma das principais causas do envelhecimento precoce de nossas células. O equilíbrio do ph dos nossos fluidos corporais é uma chave que a alimentação adequada pode potencializar. Organismos acidificados são meios ideais para proliferação de bactérias e fungos. Um corpo acidificado, portanto, adoece mais facilmente do que um corpo com ph equilibrado.

Gripe suína, viroses, rotavírus? Atacam organismos que já estão em processo de doença.
Para saber mais sobre acidificação, ouça entrevista que eu fiz com Conceição Trucom ou acesse http://www.difusaoautoecologia.com/auto_ecologia/acido_e_alcalino.htm

2 comentários:

Carla Soares disse...

ei, cheguei no seu blog pelo twitter da cfelicori. adoro o assunto sobre meio ambiente. sou vegetariana e tenho um blog sobre alimentação tb.

bom, mas o comentário aqui é pra dizer que serotonina não é um hormônio como vc fala 2x, mas sim um neurotransmissor.
abraços!

marinautsch disse...

nó...obrigada! vou me informar melhor e corrigir!