O novo abolicionismo



O sofrimento animal se tornou uma causa e é por ele que muitos vegetarianos deixaram de consumir carne. Alegam que o processo industrial de produção da carne, que trata os animais como produtos, classificando-os em série e não mais como seres vivos, é cruel. As imagens vendidas pelas grandes empresas de animais felizes e livres nas fazendas não condizem com o que realmente tem sido praticado, dizem os ativistas. Onde se cria em grande escala, com milhares de animais juntos, não existe nome ou tratamento especial. São cabeças e números.



Alguns procedimentos dessa indústria são questionáveis como: a debicagem dos pintinhos, afastamento dos filhotes de suas mães, os cortes e sacrifícios em série. 


O franguinho feliz da Sadia. Os vegetarianos questionam: são mesmo felizes vivendo confinados em espaços onde mal podem se mexer, com luz artificial e bicos cortados para não se matarem uns aos outros de stress?

Já as vacas leiteiras sofrem carregando 3 a 4 vezes mais leite do que o que seria o necessário para alimentar seu bezerro. É comum que essa superestimulação cause mastite e inflamações, e que elas vivam uma expectativa de vida inferior a de um animal livre. A imagem das fazendas, onda as vaquinhas felizes e mansas amamentam seus filhotes e oferecem ao homem o excedente de leite para um queijo gostoso vai se afastando quando se trata de abastecimento de milhões de pessoas vorazes por consumir nas grandes cidades.

O beatle e vegetariano Paul Maccartney  tem uma frase célebre difundida pelo movimento: "os abatedouros não tem paredes de vidro e sequer podemos filmar ou ver o que lá acontece". De fato, os relatos são de que ao sentirem que serão assassinados, os animais entram em midríase, suas pupilas dilatam, uma grande carga de adrenalina, o hormônio do medo, é jogado em sua corrente sanguínea. E as pessoas ingerem isso.

Quanto mais alto na cadeia alimentar, maior é o acúmulo de substâncias e metais pesados no corpo. Os índices crescem exponencialmente desde as algas e planctons, acumulando-se muitos mais nos animais do topo da cadeia alimentar. A medição de mercúrio chega a ser 300 vezes superior nas baleias, golfinhos e peixes. Segundo o Doutor Márcio Bontempo, os agrotóxicos estão muito mais acumulados e concentrados nas carnes e nos animais do que nos vegetais. 

Já no filme "Não Matarás", que fala do uso de animais em pesquisas científicas e testes de cosméticos e drogas, a denúncia de que o mais inocente xampu pode ter sido cruelmente testado em animais. Os cientistas inoculam os elementos tóxicos, desde produtos de limpeza a agentes causadores de doenças. Nos olhos dos coelhos são injetadas substâncias e observadas as reações, que incluem inflamações e até cegueira. 




Nenhum comentário: